segunda-feira, 14 de maio de 2012
Tenho aprendido com o tempo que a felicidade vibra na
frequência das coisas mais simples. Que o que amacia a vida, acende o riso,
convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com
fios de luz no tecido áspero do cotidiano. Como o toque bom do sol quando pousa
na pele. A solidão que é encontro. O café da manhã com pão quentinho e o sonho
compartilhado. A lua quando o olhar é grande. A doçura contente de um cafuné sem
pressa. O trabalho que nos erotiza. Os instantes em que repousamos os olhos em
olhos amados. O poema que parece que fomos nós que escrevemos. A força da areia
molhada sob os pés descalços. O sono relaxado que põe tudo pra dormir. A
presença da intimidade legítima. A música que nos faz subir de oitava. A
delicadeza desenhada de improviso. O banho bom que reinventa o corpo. O cheiro
de terra. O cheiro de chuva. O cheiro do tempero do feijão da infância. O
cheiro de quem se gosta. O acorde daquela risada que acorda tudo na gente.
Essas coisas. Outras coisas. Todas, simples assim.
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